Artigo Produção Nacional Revisado por pares

A institucionalização da moralidade cosmopolita : o Holocausto e os direitos humanos

2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5216/hr.v17i1.21697

ISSN

1984-4530

Autores

Daniel Leví,

Tópico(s)

Historical and Contemporary Political Dynamics

Resumo

Este artigo examina o impacto que as percepcoes sobre o Holocausto exerceram na articulacao dos principios de direitos humanos1 apos a Segunda Guerra Mundial e sua subsequente proliferacao no periodo posterior a Guerra Fria. As duas principais convencoes das Nacoes Unidas - a primeira, declarando os Direitos Humanos Universais como um novo estandarte; a segunda, declarando o genocidio como um crime internacional - constituem a base das normas dos direitos humanos. Elaborados no imediato pos-guerra, em uma estreita fresta de oportunidade antes de a Guerra Fria abalar a maioriados acordos internacionais, eles serviram especificamente para evitar outro Holocausto e o surgimento de outro partido nazista. Ficaram, entao, em estado de hibernacao por quarenta anos, enquanto a Guerra Fria vigorou. Quando a Uniao Sovietica entrou em colapso, contudo, o impulso dos direitos humanos, que vinha abalando as estruturas da Guerra Fria com crescente forca, eclodiu em um mundo interconectado que parecia preparado para recebe-lo. Em poucos anos, as intervencoes humanitarias, que durante muito tempo vinham sendo debatidas sem nenhuma expectativa real de resposta, foram levadas a serio como alternativas politicas e colocadas em pratica

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