
Diagnóstico da hepatite C na prática médica: revisão da literatura
2001; Pan American Health Organization; Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1020-49892001000300005
ISSN1680-5348
AutoresAjácio Brandão, Sandra Cristina Pereira Costa Fuchs, Mauro Alberto dos Anjos Silva, Letícia Fanck Emer,
Tópico(s)Liver Disease Diagnosis and Treatment
ResumoObjetivo. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura a respeito dos testes laboratoriais para diagnóstico da infecção pelo vírus da hepatite C, disponíveis desde 1989. O diagnóstico da hepatite C é baseado em métodos serológicos e em técnicas de biologia molecular. O método serológico, que utiliza pesquisa de anticorpos contra o vírus da hepatite C, é o mais freqüentemente empregado para identificar a infecção, presente ou passada. Existem dois tipos de testes serológicos: os que adotam a técnica ELISA, de alta sensibilidade, usados no rastreamento da infecção; e os que utilizam a técnica immunoblot, de maior especificidade, denominados por isso suplementares ou confirmatórios. Em relação às técnicas de biologia molecular, existem vários testes. Um deles possibilita a detecção do RNA do vírus C, sendo útil para estabelecer o diagnóstico de infecção em situações específicas, como na fase inicial da infecção, em pacientes imunossuprimidos ou com baixa probabilidade de estarem infectados. Também são recomendados antes de se iniciar o tratamento com interferon e ribavirina e para monitorizar a resposta terapêutica. Outros testes de biologia molecular possibilitam determinar a carga viral, mediante amplificação do alvo, como na reação em cadeia de polimerase, ou amplificação de um sinal, como no DNA ramificado. A determinação do genótipo do vírus da hepatite C pode ser feita por metodologias de biologia molecular ou de serotipagem. A determinação da carga viral e do genótipo do vírus C servem para definir a duração do tratamento da hepatite crônica com interferon e ribavirina. Em geral, pode-se dizer que na última década houve grandes avanços no diagnóstico da hepatite C, com melhora na sensibilidade e especificidade dos testes utilizados para detecção de anticorpos, o que permitiu diagnósticos mais rápidos e relativamente mais baratos. Contudo, é necessário desenvolver testes de maior acurácia para avaliar grupos determinados, como pacientes imunossuprimidos ou com hepatite aguda.
Referência(s)