Artigo Acesso aberto

Estudo comparativo da deglutição com nasofibrolaringoscopia e videodeglutograma em pacientes com acidente vascular cerebral

2003; Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia; Volume: 69; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0034-72992003000500008

ISSN

1806-9312

Autores

Sandra Doria, Mariana A. B. Abreu, Roberta Buch, Renata Assumpção, Marcelo Astolfi Caetano Nico, Claudia A. Ekcley, André de Campos Duprat, Henrique Olival Costa,

Tópico(s)

Esophageal and GI Pathology

Resumo

Os distúrbios da deglutição são bastante freqüentes nos pacientes neurológicos e naqueles com doenças ou seqüelas de cirurgia de cabeça e pescoço, sendo causa de importante morbidade e mortalidade. Apesar do videodeglutograma (VD) ser considerado o exame de escolha para a avaliação dos distúrbios da deglutição, este exame apresenta limitações em algumas situações clínicas, além de expor o doente à radiação e ao risco de aspiração do contraste. Em anos recentes, têm sido também utilizadas fibras ópticas flexíveis para avaliar os pacientes com disfagia e outras queixas relacionadas à deglutição. OBJETIVO: Análise comparativa entre os dados obtidos pela NFL e VD em relação a parâmetros estudados por ambos métodos. FORMA DE ESTUDO: Caso controle. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliados prospectivamente 12 pacientes com seqüela de acidente vascular cerebral isquêmico, no período de janeiro a maio de 2002, por meio do estudo dinâmico da deglutição com nasofibrolaringoscopia (NFL) e VD, sendo os resultados comparados estatisticamente. RESULTADOS: Enquanto o VD permite a análise da fase preparatória oral e oral da deglutição e o início da fase faríngea, a NFL permite estudo da sensibilidade e mobilidade faringo-laríngea, além da visualização direta do alimento. Através do teste estatístico McNemar, nenhum dos parâmetros analisados apresentou divergência estatisticamente significante (p<0,05) quando comparados os resultados na NFL e VD. CONCLUSÕES: A análise comparativa entre os dados obtidos pelo NFL e VD em relação a parâmetros avaliados por ambos métodos, em pacientes com disfagia, mostraram não haver diferenças significativas entre eles.

Referência(s)