Propriedades psicométricas de um protocolo neuropsicológico breve para uso em populações geriátricas
2010; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 37; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0101-60832010000600002
ISSN1806-938X
AutoresJonas Jardim de Paula, Carlos Guilherme Schlottfeldt, Lafaiete Moreira, Mariana Cotta, Maria Aparecida Bicalho, Marco Aurélio Romano‐Silva, Humberto Corrêa, Edgar Nunes de Moraes, Leandro Fernandes Malloy‐Diniz,
Tópico(s)Health Education and Validation
ResumoCONTEXTO: O aumento na expectativa de vida e na proporção de idosos na população tem acarretado elevação nas taxas de prevalência de demências. O diagnóstico correto da demência é muito importante para o tratamento clínico e para um melhor prognóstico. Por isso, é necessário adaptar e desenvolver instrumentos para o diagnóstico diferencial entre os processos de envelhecimento normal e patológico. OBJETIVO: Avaliar as propriedades psicrométricas e a estrutura fatorial de um protocolo neuropsicológico usado para avaliação geriátrica. MÉTODO: Pacientes (n = 69) com queixas cognitivas heterogêneas foram avaliados no Núcleo de Geriatria e Gerontologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, a partir de um protocolo composto pelo Miniexame do Estado Mental, Desenho do Relógio, Cubos de Corsi, Fluência Verbal, Span de Dígitos e Token Test. A análise estatística incluiu análise fatorial dos resultados dos testes, correlação de Pearson entre o fator obtido e a idade, escolaridade, anos de educação formal e a Classificação Clínica das Demências (CDR) e a área sob a curva ROC. RESULTADOS: A análise fatorial dos escores do teste mostrou um fator geral representativo que teve associação moderada e significativa com o CDR (r = -0,672; p < 0,001) e anos de educação formal (r = 0,455; p < 0,001). Esse fator teve fraca, mas significativa, correlação com a idade (r = -0,282; p < 0,05). CONCLUSÃO: Esses resultados apontam para uma boa validade de construto e de critério do protocolo na avaliação do declínio cognitivo de idosos. Estudos futuros sobre aplicabilidade e normas populacionais são necessários para aprimorar o uso clínico desse protocolo de avaliação.
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