
Anatomia de raízes de nove espécies de Bromeliaceae (Poales) da região amazônica do estado de Mato Grosso, Brasil
2011; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 25; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0102-33062011000300015
ISSN1677-941X
AutoresIvone Vieira da Silva, Vera Lúcia Scatena,
Tópico(s)Plant Diversity and Evolution
ResumoEste estudo busca caracterizar raízes de Bromeliaceae: Aechmea bromeliifolia, A. castelnavii, A. mertensii (Bromelioideae), Dyckia duckei, D. paraensis, D. racemosa (Pitcairnoideae), Tillandsia adpressiflora, T. didistachae e T. paraensis (Tillandsioideae) ocorrentes nas regiões amazônicas (Mato Grosso-MT), procurando levantar caracteres de valor taxonômico e significado ecológico. As espécies estudadas são epífitas e suas raízes se caracterizam por apresentar velame pluriestratificado, córtex diferenciado, endoderme e periciclo unisseriados, cilindro vascular poliarco e medula com células de paredes espessadas. Estruturas anatômicas como: número de camadas e tipo de espessamento das paredes das células do velame, tipo de espessamento de parede da exoderme e endoderme, presença de idioblastos contendo cristais e número de pólos de protoxilema agrupam as espécies nos diferentes gêneros e subfamílias. A presença de canais de mucilagem no córtex de A. castelnavii relatados pela primeira vez na literatura para Bromeliaceae é caráter diagnóstico. As raízes de Dyckia e Tillandsia apresentam maior número de caracteres comuns, representando maior similaridade entre Pitcairnioideae e Tillandsioideae. Raízes com velame, exoderme com células de paredes espessadas constituindo uma camada mecânica, canais de mucilagem, lacunas de ar no córtex interno e idioblastos com cristais são estruturas adaptativas ao hábito epifítico.
Referência(s)