Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Variabilidade genética de etnovariedades de mandioca, avaliada por marcadores de DNA

2000; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 57; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0103-90162000000200020

ISSN

1678-992X

Autores

Gilda Santos Mühlen, Paulo Sodero Martins, Akihiko Ando,

Tópico(s)

Cassava research and cyanide

Resumo

O objetivo deste trabalho foi quantificar a variabilidade genética de etnovariedades ("folk varieties") de mandioca e examinar a distribuição desta variabilidade entre grupos de etnovariedades de diferentes locais de origem e tipos. Foram escolhidas 54 etnovariedades de mandioca originárias de quatro regiões brasileiras: 45 etnovariedades da Amazônia (23 do Rio Negro, 6 do Rio Branco e 16 do Rio Solimões) e 9 do litoral sul do Estado de São Paulo. A variedade moderna Mantiqueira<A HREF="#1not">¹</A>, de ampla distribuição mundial, também foi incluída. Destas, 38 variedades eram mandiocas bravas e 17 de mesa (aipins ou macaxeiras). Foram utilizados três tipos de marcador de DNA: RAPD, AFLP e microssatélites. A análise dos resultados consistiu na descrição do padrão de bandas, cálculo de índices de similaridade (Nei & Li; 1979) e análise de coordenadas principais (PCoA), para cada tipo de marcador. Para os locos de microssatélites foram calculados também: heterozigozidade, índices de diversidade (DI, de Weir) e coeficientes de diferenciação genética (G ST). A variabilidade genética mostrou-se mais concentrada dentro de regiões do que entre regiões (G ST = 0,07). A heterozigozidade média foi de 56%. Os índices médios de similaridade entre variedades variaram em função do tipo de marcador: S = 0,89 para RAPD, S = 0, 85 para AFLP e S = 0,59 para microssatélites. Análises de coordenadas principais mostraram agrupamentos separando as variedades de mesa das bravas.

Referência(s)