
A silicose e o perfil dos lapidários de pedras semipreciosas em Joaquim Felício, Minas Gerais, Brasil
2008; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 24; Issue: 7 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2008000700006
ISSN1678-4464
AutoresLucille Ribeiro Ferreira, Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro, Arminda Lúcia Siqueira, Ana Paula Scalia Carneiro,
Tópico(s)Amazonian Archaeology and Ethnohistory
ResumoPara conhecer a prevalência de silicose, descrever os perfis clínico, epidemiológico e ocupacional, e estudar as condições de trabalho das oficinas de lapidação, realizou-se estudo transversal de setenta lapidários de pedras semipreciosas de Joaquim Felício, Minas Gerais, Brasil, de abril a dezembro de 2002. Utilizaram-se história ocupacional com questionário respiratório, radiografia de tórax e espirometria. A prevalência de silicose foi de 7,1%. Todos eram do sexo masculino, com média de idade de 21,5 anos e tempo médio de exposição à sílica de 7,1 anos. Todos pertenciam ao setor da economia informal e trabalhavam em oficinas pequenas e rudimentares, sendo o maquinário improvisado e havendo maciça exposição à sílica. Segundo a Classificação Radiológica da Organização Internacional do Trabalho, dos cinco casos de silicose, quatro foram classificados na categoria 1, e um na 3. A silicose em lapidários constitui um sério problema de saúde pública que requer esforços para minimização do risco de adoecimento, por meio da ação de equipes multidisciplinares provenientes de instituições governamentais e não-governamentais, com inserção ativa dos trabalhadores.
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