Dinâmica de fundo da enseada do Flamengo, Ubatuba, Brasil, inferida a partir da distribuição espacial, morfometria e tafonomia de foraminíferos
2005; Volume: 8; Issue: 3 Linguagem: Português
10.4072/rbp.2005.3.02
ISSN2236-1715
Autores Tópico(s)Coastal and Marine Management
ResumoRESUMO -Este estudo analisa a distribuição, a morfometria e a tafonomia das carapaças de foraminíferos da enseada do Flamengo (Ubatuba, SP) e avalia sua distribuição espacial a partir da hidrografia e dos parâmetros sedimentológicos atuantes na plataforma interna.A densidade populacional e a diversidade de espécies são maiores na região leste que nas regiões central e oeste.Espécies bioindicadoras de Água Costeira dominam em toda a enseada e, entre estas, dominam as bioindicadoras de ambiente rico em matéria orgânica.Espécies bioindicadoras de Água Tropical são raras, mas são encontradas vivas na desembocadura da enseada e na região nordeste, sugerindo a entrada de massas de água vindas da plataforma externa, alcançando as partes mais internas da enseada, em direção ao continente.As carapaças de tamanho médio (250 -125 µm) dominam em toda a baía.As carapaças grandes (250 -500 µm), apesar de serem subordinadas, são abundantes nas regiões central e leste, enquanto as pequenas (< 125 µm) são raras na desembocadura, aumentando em número em direção ao continente.O percentual de carapaças fragmentadas é, em geral, baixo, aumentando apenas na zona de rebentação da praia da Enseada, enquanto as corroídas ocorrem em toda a enseada.Carapaças preenchidas com monossulfeto de ferro são normalmente encontradas em áreas confinadas, enquanto carapaças limonitizadas ocorrem próximas à desembocadura.Tais resultados permitem concluir que a enseada do Flamengo é um ambiente de moderada energia hidrodinâmica, que diminui gradualmente em direção ao continente, desde a desembocadura.Com exceção da praia, as áreas mais internas da enseada caracterizam subambientes com baixa energia deposicional e circulação restrita.
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