Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Resistência hidráulica da crosta formada em solos submetidos a chuvas simuladas

2006; Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Volume: 30; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0100-06832006000100002

ISSN

1806-9657

Autores

Viviane Brandão, Demétrius David da Silva, Hugo Alberto Ruíz, Fernando Falco Pruski, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud Schaefer, Mauro Aparecido Martinez, Sady Júnior Martins da Costa de Menezes,

Tópico(s)

Soil and Unsaturated Flow

Resumo

Para avaliar a redução da taxa de infiltração em solos sujeitos ao encrostamento decorrente da aplicação de chuvas simuladas, foi realizado um experimento em esquema fatorial 5 x 6, sendo cinco solos (Argissolo Vermelho, Argissolo Vermelho-Amarelo, Latossolo Vermelho-Amarelo, Neossolo Flúvico e Neossolo Quartzarênico) e seis energias cinéticas de chuva (0, 525, 1051, 2102, 3153 e 4204 J m-2), com três repetições. A partir dos dados de taxa de infiltração da água no solo e da espessura da crosta, determinadas por micromorfometria, calcularam-se a condutividade e a resistência hidráulica da crosta. Todos os solos apresentaram redução da taxa de infiltração, quando a energia cinética de chuva simulada aplicada aumentou. A resistência hidráulica da crosta aumentou com a energia cinética (especialmente para os solos Argissolos Vermelho-Amarelos e Vermelho) até atingir um valor máximo, a partir do qual ocorreu diminuição, atribuída ao desgaste erosivo da crosta provocado pelo aumento do escoamento superficial, associado aos maiores valores de energia cinética da chuva simulada. Por meio de análise de regressão múltipla, foram determinadas a relação da resistência hidráulica da crosta com a energia cinética da chuva e as características químicas e físicas de cada solo. A variável resistência hidráulica da crosta mostrou-se adequada a ser utilizada nos modelos infiltração da água no solo para descrever a influência do encrostamento neste processo.

Referência(s)