Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Ser migrante: implicações territoriais e existenciais da migração

2010; Brazilian Association of Population Studies; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-30982010000200010

ISSN

1980-5519

Autores

Eduardo Marandola, Priscila Marchiori Dal Gallo,

Tópico(s)

Place Attachment and Urban Studies

Resumo

Migração e mobilidade são fenômenos constituintes da experiência contemporânea. Estar no mundo, hoje, é conviver com a mobilidade e a migração, e todas suas implicações. Do ponto de vista existencial, esta é uma experiência desconcertante, em que as referências espaciais e socioculturais são reconstituídas, num processo que envolve e atinge o próprio cerne da autoidentidade: a segurança existencial. Partimos da pergunta "que é ser migrante?" para refletir sobre as implicações existenciais e territoriais da migração, procurando entendê-la enquanto um fenômeno vivido em diferentes escalas espaço-temporais, mas que possui, do ponto de vista fenomenológico, uma mesma essência constitutiva. Esse percurso leva a um pensar ontológico acerca das estratégias e consequências do fenômeno migratório, o que faz refletir sobre o papel da identidade territorial, do envolvimento com o lugar e das redes sociais no movimento de sair do lugar de origem e estabelecer-se no local de destino.

Referência(s)