Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Germinação de Ternstroemia brasiliensis Cambess. (Pentaphylacaceae) de floresta de restinga

2009; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 23; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-33062009000100007

ISSN

1677-941X

Autores

Luciana Andréa Pires, Victor José Mendes Cardoso, Carlos Alfredo Joly, Ricardo Ribeiro Rodrigues,

Tópico(s)

Plant Diversity and Evolution

Resumo

A partir de ensaios de germinação no campo e no laboratório, este trabalho visa contribuir para o conhecimento da ecologia da regeneração de Ternstroemia brasiliensis Cambess. em Floresta de Restinga. As sementes são dispersas com teores de água relativamente altos e apresentam baixa tolerância ao armazenamento, podendo ser consideradas recalcitrantes. A germinabilidade é elevada, indiferente à luz e não é afetada pela presença do arilo. A ausência de dormência e a pequena resposta ao vermelho extremo devem permitir pronta germinação no sub-bosque, não constituindo banco de sementes no solo da Restinga. As temperaturas de 25 ºC e 30 ºC podem ser consideradas ótimas para a germinação de T. brasiliensis. A luz pode afetar parâmetros da resposta das sementes à temperatura. A aplicação do modelo de graus-dia parece ser um instrumento válido para se estudar a dependência da temperatura da germinação dessa espécie. As características germinativas de T. brasiliensis são semelhantes às de espécies não-pioneiras e ajudam a explicar a distribuição da espécie. Luz e temperatura não devem ser limitantes para sua germinação no ambiente natural da Restinga, a qual pode ser influenciada principalmente pelo nível de água no solo.

Referência(s)