ASSOREAMENTO DA BAÍA DE ANTONINA: INFLUÊNCIAS ANTRÓPICAS NUM PROCESSO NATURAL
2007; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/geografar.v2i1.8488
ISSN1981-089X
Autores Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoO processo de assoreamento demonstra-se como sendo natural, sobretudo, em areas estuarinas e de baias. No entanto, as atividades antropicas podem alterar o estado de relativa estabilidade da paisagem em diferentes escalas, mudando a vazao de cursos d’agua e/ou ampliando o aporte de sedimentos a serem transportados, por exemplo. Nestas condicoes o processo de assoreamento pode ser consideravelmente acelerado, tal como vem ocorrendo na Baia de Antonina. O objetivo deste trabalho consiste na caracterizacao do mencionado processo de assoreamento, a partir da analise das bacias hidrograficas que drenam para a baia em questao. Pretende-se estimar o aporte total de sedimentos que sao carreados anualmente a baia, identificando-se a influencia antropica no valor estimado. A area continental em analise soma 1.501,1 km, com perimetro de 313,2 km, enquanto que a baia apresenta perimetro de 71,1 km e sua area e de 53,5 km, sendo apenas 46,4 km de area submersa, ja que 7,1 km correspondem as ilhas. Dentre os resultados parciais deve-se destacar a organizacao dos dados que virao a compor um primeiro cenario, o qual ilustra as caracteristicas naturais (sem atuacao antropica) da area de drenagem da Baia de Antonina. Para tanto, foram elaboradas as cartas de geomorfologia, geologia, pluviosidade e Cobertura Vegetal Potencial Natural, todas na escala 1:50.000, sendo que para a confeccao desta ultima, fez-se uso das cartas de uso e ocupacao do solo de 1999, hipsometria e geologia. Depois de validar a carta Cobertura Vegetal Potencial Natural, verificou-se que em numeros relativos as classes vegetais mais degradadas foram aquelas situadas na planicie litorânea, com excecao dos manguezais, cujos solos associados nao sao aptos a agricultura. Percebeu-se tambem a expansao da agricultura sobre a Floresta Ombrofila Densa Submontana, situada acima de 20m, a qual denotou a maior degradacao em numeros absolutos (430,16 km).
Referência(s)