Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A arquitetura, o corpo e o espelho sobre a beleza e o tempo na arte do Renascimento e em nossos dias

2003; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0103-20702003000100007

ISSN

1809-4554

Autores

Mário Henrique Simão D’Agostino,

Tópico(s)

Architecture and Art History Studies

Resumo

A revivescência do ideal antigo de "fama eterna" e "perpetuidade" da arte propicia na Renascença novos enquadramentos conceituais do princípio clássico da mímesis. Asseverando a proeminência da arquitetura sobre as demais artes, diversos escritos renascentistas vinculam a consecução de obras belas à longevidade das edificações (Chrysolaras, Alberti, Filarete, Cesariano, entre outros). A curadoria e o valor exemplar dos monumentos, coordenados ao preceito de imitação dos antichi, suscitam diferentes posicionamentos doutrinários sobre o sentido do tempo na arte, a balizar os classicismos até o século XVIII. Um olhar retrospecto sobre os desafios então lançados permite, em contrapartida, maior distanciamento e juízo crítico acerca do difuso "culto" do tempo e da beleza em voga na atualidade.

Referência(s)