
Efeito do estresse térmico e do exercício sobre parâmetros fisiológicos de cavalos do exército brasileiro
2002; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 31; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1516-35982002000500009
ISSN1806-9290
AutoresGiane Regina Paludo, Concepta McManus, Renata Queiroz de Melo, André Granja Cardoso, Fabíola Peixoto da Silva Mello, Moryenne Moreira, Beatriz Helena Fuck,
Tópico(s)Veterinary Equine Medical Research
ResumoOs cavalos do exército brasileiro são usados em dias de exposição e, muitas vezes, submetidos a exercício intenso, que, aliado às condições climáticas do cerrado do Centro-Oeste brasileiro, resulta na necessidade de extrema aclimatação dos mesmos. O objetivo desse estudo foi determinar o efeito do estresse térmico e do exercício a que estão submetidas às raças de eqüinos estudadas. Foram utilizados 40 cavalos adultos (4 a 13 anos) do 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (10 animais de cada uma das raças Puro Sangue de Corrida - PSC, Mestiço ¾ M e Brasileiro de Hipismo - BH) e do 32º Grupo de Artilharia de Campanha (10 animais da raça Bretã), localizado no Setor Militar Urbano do Distrito Federal. Foram realizadas três medidas das freqüências cardíaca e respiratória, da temperatura retal e colhidas amostras de sangue quatro vezes por dia, de manhã e à tarde, antes e depois dos animais terem sido submetidos a exercício. A raça afetou todas as características exceto VCM, HCM e CHCM. Animais da raça PSC tiveram médias mais altas para leucócitos (7,83 ± 1,59), hemácias (9,21 ± 1,27), VG (40,75 ± 4,58) e hemoglobina (14,34 ± 1,67), enquanto os mestiços tiveram médias mais altas para proteína plasmática total (6,93 ± 0,66). Na raça Bretã foram observados níveis mais baixos para a maioria das características examinadas. O exercício afetou todas as características exceto VCM, HCM e CHCM com o nível das características aumentando em todos os casos. As correlações entre as características investigadas variam muito, sendo que entre hemácias, hemoglobina, VG foram em geral altas e positivas (>0,58), enquanto com a proteína plasmática total foram de médias a baixas (<0,26). O presente experimento nos permite concluir que os animais da raça PSC são os mais susceptíveis e os da raça Bretã os melhores adaptados às condições do clima do DF.
Referência(s)