Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

As medidas de segurança no trânsito e a morbimortalidade intra-hospitalar por traumatismo craniencefálico no Distrito Federal

2002; Brazilian Medical Association; Volume: 48; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0104-42302002000200037

ISSN

1806-9282

Autores

Luciano Farage, VINÍCIUS SARDÃO COLARES, Mário Capp Neto, Mara Cabral Moraes, Márcia Cartaxo Barbosa, JOÃO DE ABREU BRANCO JÚNIOR,

Tópico(s)

Injury Epidemiology and Prevention

Resumo

Este estudo busca analisar a efetividade das medidas de segurança no trânsito (cinto de segurança, dispositivos de redução de velocidade e faixa de pedestre), usando como parâmetro a diminuição da freqüência de casos ou da gravidade do traumatismo crâniencefálico (TCE). MÉTODOS: Estudo epidemiológico descritivo e analítico, baseado na avaliação dos dados secundários sobre trauma no Distrito Federal. Os dados foram analisados em dois períodos, um anterior (1992) e outro posterior (1997) a adoção das medidas de segurança no trânsito. RESULTADOS: No estudo comparam-se os índices (por 100.000 habitantes) de vítimas entre os dois períodos. Em 1992 houve 125,5 casos (grupo 1), enquanto que em 1997 houve 155,8 (grupo 2). Deste total, no Grupo 1 tivemos 26,2 casos de TCE com 5,2 óbitos pelo agravo, no Grupo 2 tivemos 62,1 casos com 4,1 óbitos, ou seja, o TCE foi responsável por 82,5% do óbitos no primeiro período e por 79,4% no segundo. Quanto à gravidade no grupo 1, tivemos 9,6 casos e no Grupo 2 foram 8,1 casos de TCE moderado e grave. CONCLUSÃO: Houve um aumento relativo e absoluto do número de casos de TCE devido a acidentes automobilísticos no período, contudo foi reduzida a morbimortalidade hospitalar do traumatismo, sugerindo que as medidas de segurança não foram efetivas para diminuir o número de casos, mas possam ter sido satisfatórias para reduzir a morbimortalidade decorrente deles.

Referência(s)