Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Nível socioeconômico, qualidade e eqüidade das escolas de Belo Horizonte

2006; FUNDAÇÃO CESGRANRIO; Volume: 14; Issue: 50 Linguagem: Português

10.1590/s0104-40362006000100008

ISSN

1809-4465

Autores

José Francisco Soares, Renato Júdice de Andrade,

Tópico(s)

Education and Public Policy

Resumo

Entre os fatores que impactam o desempenho cognitivo dos alunos da educação básica destacam-se sua família, as estruturas da sociedade e a escola que ele estuda. A forma de medir estes fatores sofreu enorme impacto com a popularização de duas novas técnicas estatísticas: a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e os modelos de regressão para dados hierárquicos. Nesse trabalho apresentam-se três medidas caracterizadoras de uma escola; sua posição construída com ajuda da TRI a partir de indicadores fornecidos pelos alunos, medidas da qualidade e medidas da eqüidade criadas com ajuda dos modelos hierárquicos. A base de dados utilizada é composta por informações provenientes dos questionários socioeconômicos e pelas medidas de desempenho cognitivo dos estudantes das escolas de Belo Horizonte presentes no SIMAVE 2002 e nos vestibulares da UFMG em 2002, 2003 e 2004. A análise da qualidade das escolas de Belo Horizonte, através de modelo onde a influência do nível socioeconômico no desempenho dos alunos é controlada, mostra uma dimensão otimista da realidade. Algumas escolas, públicas e privadas, pelas suas políticas e práticas pedagógicas conseguem fazer diferença no desempenho de seus alunos mesmo quando eles são socioeconomicamente desfavorecidos. Por outro lado, hoje o sistema de educação básica de Belo Horizonte só consegue produzir qualidade na presença de alta iniqüidade. O acesso está garantido, mas apenas alguns terminam a educação básica com desempenho nos níveis de desempenho adequados.

Referência(s)