Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

As Belas Letras na Livraria de Jean Baptiste Bompard (1824-1828)

2013; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 32; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0101-90742013000100006

ISSN

1980-4369

Autores

Lúcia Maria Bastos Pereira das Neves,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

O presente artigo pretende analisar as obras de Belas Letras encontradas na livraria de Jean-Baptiste Bompard no Rio de Janeiro. De origem francesa, esse livreiro chegou à Corte em 1816 como caixeiro para a loja de seu primo, o destacado livreiro Paulo Martin. Após a morte deste último, em finais de 1823, Bompard assumiu a livraria, conservando-a até sua partida para a França em 1828. No momento, priorizam-se os livros franceses vendidos, bem como aqueles traduzidos para o português. Além do catálogo manuscrito do próprio Bompard com mais de quatro mil títulos (1825), utilizam-se como fontes os anúncios dos periódicos da época. Afinal, considerada então a própria língua como instrumento de civilização, o francês envolvia - ainda que, quase sempre, pertencente às elites intelectuais e políticas - considerável público leitor, inclusive feminino, em especial no tocante às novelas, majoritariamente oriundas da literatura francesa. Dessa maneira, busca-se ressaltar o papel de intermediários culturais entre Brasil e França daqueles que "tratavam em livros", estimulando encontros e desencontros nas duas sociedades.

Referência(s)