Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Viroides em Citros

2009; Springer Science+Business Media; Volume: 34; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1982-56762009000500001

ISSN

1983-2052

Autores

Marcelo Eiras, Simone Rodrigues Silva, Eduardo Sanches StuchiI, Maria Penteado Luisa Natividade Targon, Sérgio Alves de Carvalho,

Tópico(s)

Plant Disease Resistance and Genetics

Resumo

Os viroides são os menores fitopatógenos conhecidos. Constituídos por uma molécula de RNA de fita simples, circular, que não é encapsidada e não codifica proteínas, são capazes de se replicar de maneira autônoma nas células do hospedeiro. Os viroides de citros pertencem à família Pospiviroidae (cujos membros apresentam uma região central conservada, replicam-se no núcleo das células hospedeiras e não apresentam atividade ribozimática) com cinco espécies: Citrus exocortis viroid, CEVd (Pospiviroid), Hop stunt viroid, HSVd (Hostuviroid), Citrus bark cracking viroid, CBCVd (Cocadviroid) e Citrus bent leaf viroid, CBLVd e Citrus dwarfing viroid, CDVd (Apscaviroid). Além disso, Citrus viroid original source (CVd-OS) e mais recentemente, Citrus viroid V (CVd-V) foram propostas como espécies tentativas do gênero Apscaviroid. Os viroides de citros são transmitidos via enxertia e disseminados principalmente pela propagação de material contaminado. Sabe-se que os viroides de citros infectam praticamente todas as espécies do gênero Citrus e afins. Porém, há somente duas doenças importantes descritas em citros, induzidas por viroides: (i) a exocorte; (ii) e a xiloporose (ou cachexia). Apesar dos viroides induzirem sintomas severos, ou simplesmente afetarem o tamanho das árvores, muitas espécies de citros são assintomáticas, sendo o controle baseado em medidas preventivas, como utilização de gemas livres de viroides aliadas a métodos confiáveis de indexação. A proposta desta revisão é apresentar ao leitor os recentes avanços nas pesquisas com viroides de citros, principalmente na taxonomia, distribuição geográfica, métodos de detecção, limpeza e indexação, epidemiologia e controle, além do histórico e importância desses patógenos para a citricultura mundial.

Referência(s)