Conexões perdidas: Representações de género, violência (armada) e segurança na Resolução 1325*
2012; Center for Social Studies, University of Coimbra; Issue: 96 Linguagem: Português
10.4000/rccs.4867
ISSN2182-7435
AutoresRita Santos, Sílvia Roque, Tatiana Moura,
Tópico(s)Peacebuilding and International Security
ResumoEste artigo analisa as limitações da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (2000) sobre Mulheres, Paz e Segurança (1325/2000) enquanto produto dos conceitos de género, violência e segurança que lhe subjazem. Apesar de representar um importante avanço em termos históricos e de agenda, abrindo possibilidades para um lugar reconhecido das mulheres nos processos de construção da paz e de acordos pós‑conflito, e garantindo que a violência contra elas seja encarada de forma séria tanto internacional como nacionalmente, permanecem várias limitações e desafios no que diz respeito ao alcance da Resolução. Defende‑se, aqui, que a Resolução é (apenas) um passo inicial rumo ao reconhecimento das conexões e possibilidades de diálogo entre género, violência e segurança, mas que a sua direção não transforma necessariamente os entendimentos sobre cada um dos conceitos nem as suas articulações no seio das Nações Unidas, dos Estados‑membros e das próprias organizações não‑governamentais dedicadas às questões de género, nomeadamente os grupos de mulheres. O questionamento dos limites da Resolução faz‑se sobretudo por referência à análise de outros contextos de violência armada que não guerras ou situações pós‑conflito, não abrangidos pela 1325, e em especial no que toca às suas dinâmicas de género.
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