
Chronic pain portrait: pain perception through the eyes of sufferers
2014; Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor; Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5935/1806-0013.20140008
ISSN2317-6393
AutoresAdrianna Loduca, Barbara Maria Müller, Roberta Amaral, Andrea Cristina Matheus da Silveira Souza, Alessandra Spedo Focosi, Claudio Samuelian, Lin Tchia Yeng, Marcia Almeida Batista,
Tópico(s)Pain Management and Opioid Use
ResumoJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A literatura enumera vários fatores que influenciam na eclosão ou manutenção da dor crônica; entretanto, sabe-se que esses aspectos não podem ser generalizados e universalizados, pois estudos afirmam que as diferenças socioculturais interferem na percepção do quadro álgico. Este estudo teve como objetivo caracterizar a percepção que o paciente tem sobre sua dor e seu sofrimento associado a partir do recurso projetivo Retrato da Dor. MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório realizado com 150 pacientes com dor crônica de diversas etiologias. Eles foram avaliados a partir de variáveis sociodemográficas, relacionadas a dor e de crenças em relação a dor/sofrimento e ao tratamento proposto (aplicação do Retrato da Dor). As informações obtidas no Retrato da Dor foram analisadas segundo o método de análise de conteúdo. Foi realizado um único encontro com duração média de 60 minutos. RESULTADOS: A pesquisa foi composta por 64% de mulheres, com idade média de 52,5 anos, 46% eram casados e 46% tinham o 2º grau incompleto. O tempo médio de convívio com a dor foi de 6 anos (58%). Os desenhos foram agrupados em 8 categorias (cenas, monstros, objetos, formas geométricas, formas irregulares e rabiscos, corpo humano inteiro, partes do corpo e miscelânea), evidenciando-se que a metade dos sujeitos associava o sofrimento atual a outros eventos de impacto emocional, assim como 87% aguardava melhorar a partir de estratégias passivas. CONCLUSÃO: Há poucos relatos do uso de instrumentos projetivos na avaliação e tratamento de dor crônica. Os resultados sugerem que esse recurso pode ajudar na caracterização do sentido da dor na vida do paciente e favorecer a adesão ao tratamento proposto. Novos estudos devem surgir para maior aprofundamento do tema.
Referência(s)