A profissionalização das Forças Armadas: um olhar sobre o seu pilar de sustentação – os militares do regime de voluntariado e de contrato
2009; UMR ESPACE et UMR LISST; Volume: 19; Linguagem: Português
10.4000/sociologico.338
ISSN2182-7427
AutoresAntónio Ideias Cardoso, Isabel Rey, Francisco Sousa Marques, Cristina Poças Vilhena, Luís Baptista, José Manuel Resende, Paulo Antunes Ferreira, Patrícia Pereira,
Tópico(s)Defense, Military, and Policy Studies
ResumoA realidade internacional em que as estruturas de defesa das nações ocidentais tradicionalmente operavam sofreu uma mudança paradoxal com o fim da Guerra Fria. Instalou-se uma nova realidade geoestratégica pautada pela incerteza e pelo carácter multipolar e global dos conflitos, que as confrontou com a incapacidade de resposta dos seus tradicionais exércitos de massas, cuja vocação se baseava essencialmente na defesa territorial e que eram alimentados, essencialmente, através de mecanismos de conscrição. Um sistema de forças de dimensão mais reduzida, tecnologicamente mais desenvolvido e adaptável, quer na sua integração em forças multinacionais, quer na sua capacidade de tradução e adaptação aos contextos em que é chamado a intervir, implica necessariamente umas Forças Armadas compostas de efectivos altamente preparados e totalmente profissionais na sua acção.O que se apresenta neste artigo é uma reflexão sobre a forma como este processo de profissionalização tem sido vivido e desenvolvido pelas Forças Armadas Portuguesas, dando especial ênfase aos seus verdadeiros protagonistas: os militares. Quem são, porque ingressam, e quais as suas expectativas são as perguntas a que tentamos dar uma hipótese de resposta.
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