Artigo Produção Nacional

Alguns aspectos da saúde pública e do urbanismo higienista em São Paulo no final do século XIX

2010; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.47692/cadhistcienc.2010.v6.35799

ISSN

2675-7214

Autores

Giovana Carla Mastromauro,

Tópico(s)

History of Medicine and Tropical Health

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir aspectos da história da cidade de São Paulo no final do século XIX na perspectiva do urbanismo higienista. Com o alto índice de epidemias e de insalubridade em locais públicos e privados, as preocupações e a problematização da cidade neste período indicavam a necessidade de intervenções sanitárias severas no ambiente urbano, de modo a fazer dele um lugar limpo e agradável a seus habitantes. Os objetivos tinham por foco a higiene urbana. Assim, a partir do século XIX, uma lógica de salubridade passa a se impor para as cidades, utilizando ideais de higiene elaboradas por médicos higienistas combinados com a técnica desenvolvida pelos engenheiros sanitaristas. Dessa forma, o diálogo entre os diversos profissionais se estabelece, atuando complementarmente. Como pano de fundo desse debate encontra-se duas teorias médicas que serviram como base para as intervenções no meio urbano: a teoria miasmática e a teoria bacteriológica. Interessa especificamente neste artigo combinar o debate das duas teorias com as técnicas de desinfecção e isolamento promovidas pelo Estado a partir da denúncia de um local insalubre. Dentro desse contexto, a presente comunicação se restringe a entender como as teorias médicas influenciaram as ações empregadas na cidade de São Paulo nas regulamentações e intervenções feitas aos doentes e às moradias insalubres que surgiram no final do séc. XIX.

Referência(s)