
Moradia escrava na era do tráfico ilegal: senzalas rurais no Brasil e em Cuba, c. 1830-1860
2005; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0101-47142005000200006
ISSN1982-0267
Autores Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoHá um bom tempo a historiografia sobre a escravidão nas Américas analisa o tema da moradia escrava. O debate nas últimas décadas tem girado em torno da discussão da autonomia escrava e do controle senhorial na construção desses espaços, centrando-se em especial na investigação das matrizes africanas das moradias rurais erigidas pelos cativos. Examino, no artigo, a novidade histórica representada por dois tipos específicos de moradia que apareceram após o segundo quartel do século XIX: o barracão de pátio do cinturão açucareiro cubano (na região de Matanzas-Cárdenas-Cienfuegos) e a senzala em quadra do Vale do Paraíba cafeeiro (no Centro-Sul do Império do Brasil). O trabalho demonstra que houve uma articulação histórica estreita entre esses dois arranjos arquitetônicos, passando pela apropriação de certas práticas do tráfico de escravos em solo africano.
Referência(s)