Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A Leishmaniose Visceral Americana no estado de São Paulo: situação epidemiológica em 2001-2002

2003; Brazilian Society of Tropical Medicine; Volume: 36; Issue: suppl 2 Linguagem: Português

10.1590/s0037-86822003000700009

ISSN

1678-9849

Autores

Vera Lucia Fonseca de Camargo-Neves, Roberta Spínola, Lisete Cruz Lage,

Tópico(s)

Research on Leishmaniasis Studies

Resumo

A partir de então, verifica-se a expansão da doença para outros municípios da região Oeste do ESP.Neste trabalho apresenta-se a situação epidemiológica na LVA no ESP no período de 2001 -2002.Para a análise utilizou-se como fonte de dados: (i) dos casos humanos, o sistema nacional de notificação de agravos -SINAN; (ii) do vetor, o sistema LV_GERAL -SUCEN, onde são compilados os dados da vigilância entomológica do Estado de São Paulo e (iii) do reservatório, as informações obtidas dos municípios e compiladas no boletim "resumo de inquérito canino", criado pela SUCEN.Consideraram-se também para a análise, os casos notificados em 2001 e em 2002.As variáveis selecionadas foram idade, critério diagnóstico e evolução do caso, a presença de L. longipalpis no município e a transmissão de Leishmaniose Visceral Canina (LVC).Como resultado verificou-se que a L. longipalpis, principal vetor da LVA no Estado de São Paulo, já foi detectada em 41 municípios, abrangendo as regiões administrativas de Araçatuba, Bauru, Marília e Presidente Prudente (Figura 1).A expansão do vetor vem ocorrendo lentamente, tendo sido capturado inicialmente em municípios contíguos à Araçatuba e depois naqueles que estabeleceram fluxo migratório de pessoas e mercadorias com os municípios da região de Araçatuba.O ambiente peridomiciliar, destacando-se o local de permanência de animais domésticos, vem sendo considerado como o mais importante de criação e de abrigo de L. longipalpis, em área urbanizada (Sherlock 1994).As fêmeas desta espécie têm demonstrado antropofilia e cinofilia (Camargo- Neves et al. 2002) exercendo assim o papel de vetor da LVA.A transmissão canina foi detectada em 29 municípios, em 2002, geralmente precedendo a detecção de casos humanos (Figura 2).Além disso, como já demonstrado anteriormente existe forte associação entre as altas taxas de prevalências caninas e a incidência de casos humanos (Camargo-Neves et al. 2001).

Referência(s)