
Limites do cuidado: representações e processos inconscientes sobre a população na porta de entrada de um hospital de emergência
2008; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 24; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2008000600014
ISSN1678-4464
AutoresMarilene de Castilho Sá, Teresa Cristina Carreteiro, Maria Inês Assumpção Fernandes,
Tópico(s)Quality and Supply Management
ResumoEste artigo apresenta parte dos resultados de uma investigação voltada para a análise dos limites e possibilidades que os processos intersubjetivos e inconscientes presentes nos serviços de saúde estabelecem para o exercício da solidariedade, para a cooperação e para a produção do cuidado com a vida. Elegeu-se como estudo de caso um hospital público de emergência, situado no Município do Rio de Janeiro, Brasil. A Psicossociologia francesa, de inspiração clínica psicanalítica, a teoria psicanalítica sobre os processos intersubjetivos e grupais e a Psicodinâmica do Trabalho são os referenciais centrais que orientaram o desenho da investigação e a análise do material empírico. As representações psíquicas e os processos inconscientes relativos à população e suas demandas, produzidos pelos trabalhadores de saúde do hospital estudado, foram analisados, discutindo-se suas conseqüências sobre a produção do cuidado. Algumas imagens se destacaram, como a "carência", utilizada como uma categoria encobridora da diversidade da demanda, num processo inconsciente de múltiplas reduções: da negação do sofrimento social à negação da condição de humanidade dos pacientes.
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