
O genoma humano e as perspectivas para o estudo da esquizofrenia
2004; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 31; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0101-60832004000100003
ISSN1806-938X
AutoresElida P.B. Ojopi, Sheila P. Gregório, Pedro Edson Moreira Guimarães, Cíntia Fridman, Emmanuel Dias‐Neto,
Tópico(s)Genetics and Neurodevelopmental Disorders
ResumoO seqüenciamento de nosso genoma representa um passo essencial no entendimento da biologia humana e no planejamento racional de pesquisas biomédicas. Contudo, é importante notar que o seqüenciamento de um dado genoma é apenas uma parte de um complexo quebra-cabeças. A informação genética deve ser usada como um "mapa", a partir do qual começamos a compreender a base das doenças e a importância da variação genética através da análise da complexidade e do comportamento das regiões reguladoras, genes e proteínas, funções gênicas e sistemas celulares. Apesar dos enormes esforços para identificar genes de susceptibilidade, os resultados de estudos de genética molecular de esquizofrenia até o momento têm sido modestos. O uso apropriado da genômica poderá ajudar imensamente na elucidação das causas da esquizofrenia, permitindo avaliar o papel de novos genes, das variações genéticas, das formas de splicing alternativo, das variações de expressão gênica e de vias metabólicas de interesse. A convergência de dados bioquímicos, de imagem, de neuroanatomia, farmacológicos, clínicos e genéticos permite prever que estamos muito próximos de uma melhor compreensão das bases biológicas da esquizofrenia. A disponibilidade desses avanços terá um enorme impacto na pesquisa desta doença.
Referência(s)