GRAVIDEZ E TABAGISMO Uma Oportunidade para Mudar Comportamentos

2007; Ordem dos Médicos; Linguagem: Português

ISSN

1646-0758

Autores

Susana Correia, Catarina Nascimento, Raquel Gouveia, Sara Martins, Ana Rita Sandes, Joana Andrade Figueira, Sandra Valente, Evangelista Rocha, Lincoln Da Silva,

Tópico(s)

Smoking Behavior and Cessation

Resumo

Introducao: O tabagismo materno durante a gravidez associa-se nao so a acontecimentos peri-natais nefastos, mas tambem a importantes repercussoes pos-natais. Este habito e muito prevalente na mulher, sendo conhecida na gravida a sua relacao com alguns factores socio-demograficos. Objectivos: Conhecer a prevalencia do tabagismo na mulher e respectiva alteracao durante a gravidez, identificando factores sociodemograficos relacionados e consequencias deste habito. Avaliar o conhecimento das mulheres acerca dos efeitos nocivos do tabagismo durante a gravidez e as suas fontes de informacao. Metodologia: Estudo de coorte, cuja caracterizacao basal (estudo transversal) decorreu entre Marco e Outubro de 2003, na Maternidade do Hospital de Santa Maria. Apos consentimento informado as puerperas foram solicitadas a responder a um questionario. Resultados: Foram estudadas 475 mulheres, tendo-se verificado que 30% eram fumadoras antes de engravidar. Destas, 35% deixaram de fumar durante a gravidez e as que mantiveram este habito reduziram significativamente o numero de cigarros por dia. O tabagismo foi menos prevalente nas mulheres casadas de maior idade, com maior escolaridade e com emprego (relacoes estatisticamente significativas). Quarenta e cinco por cento das inquiridas encontravam-se mal informadas ou nao tinham informacao acerca dos efeitos nefastos do tabagismo durante a gravidez. A principal fonte de informacao das mulheres foi a comunicacao social. Conclusoes: Neste estudo a prevalencia do tabagismo foi elevada (30%), quando comparada com os dados epidemiologicos nacionais. A gravidez mudou os comportamentos face ao tabagismo. A percentagem de mulheres mal informadas ou sem informacao acerca dos efeitos deste habito foi elevada (45%), sendo o medico suplantado pelos meios de comunicacao social como fonte de informacao. Tornou-se pois evidente a necessidade dos profissionais de saude promoverem a sua auto-formacao, para melhor cumprirem as tarefas que lhes competem na vigilância da saude da gravida, feto e recem nascido.

Referência(s)