Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Mortalidade por homicídios em Município da Região Sul do Brasil, 1996 a 2005

2008; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s1415-790x2008000300010

ISSN

1980-5497

Autores

Élida Azevedo Hennington, Stela Nazareth Meneghel, Fernanda de Souza Barros, Luciano Barros da Silva, Michelle da Silva Grano, Thaís Pereira Siqueira, Cristiane Stefenon,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

Esta pesquisa teve o objetivo de traçar o perfil epidemiológico dos homicídios em São Leopoldo, comparando-o com o do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo descritivo que utilizou dados disponibilizados pelo Datasus/Ministério da Saúde no período de 1996 a 2005. Os indicadores calculados foram: coeficientes de mortalidade padronizada; mortalidade proporcional segundo grupo etário; coeficiente de mortalidade segundo cor; e percentual de mortes causadas por arma de fogo. Além destes, foram construídas as taxas de mortalidade por homicídio nos municípios gaúchos com população superior a 50.000 habitantes para o período analisado. Os coeficientes de mortalidade em São Leopoldo representaram o dobro das taxas ocorridas no Estado. A população mais atingida foi a de adultos jovens e a razão entre os sexos foi de 8,4 óbitos em homens para cada óbito feminino no Rio Grande do Sul e 9,4 em São Leopoldo. 86% dos homicídios foram perpetrados por armas de fogo em São Leopoldo e 72% no Rio Grande do Sul. O risco de morrer foi 44% maior na população negra de São Leopoldo. O homicídio é uma importante causa de morte precoce no RS, embora São Leopoldo apresente um perfil de maior gravidade - taxas maiores, maior percentual de uso de armas de fogo e evidências de sobremortalidade de jovens negros quando comparado ao Estado.

Referência(s)