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Performing Mulata -ness

2011; SAGE Publishing; Volume: 39; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1177/0094582x11430049

1552-678X

Natasha Pravaz,

Travel Writing and Literature

In Rio de Janeiro, mulatas—brown-skinned women of mixed racial descent who dance the samba in Carnival parades and in nightclubs—have become multifocal symbols eliciting associations that resonate both with colonial morality and with mestiçagem, the narrative of racial and cultural mixing as a cornerstone of nationhood. Because of these associations, a dangerous border crossing takes place whenever they dance the samba in public: they may become icons of nationhood, but this may call into question their moral standing. Women who occupy this subject position attempt to maintain a modicum of respectability as they manipulate the objectifying gaze of Brazilians and foreigners to the best of their ability. They also attempt to portray their dance skills as culturally “authentic” in the search for legitimacy and racial pride. Ultimately, samba is a stage upon which the economic needs, embodied desires, and ethnic identities of Brazilian women clash and collude with the neo-colonial dreams of tourists and cosmopolitans. Na cidade do Rio de Janeiro, as mulatas—mulheres de ascendência racial misturada que dançam o samba nos desfiles de carnaval e nas boites—se tornaram símbolos polivalentes que evocam associações ressonantes com a moralidade colonial e com o discurso da mestiçagem (mistura racial e cultural) comofundamento da brasilidade. Por causa destas associações, elas negociam um espaço perigoso cada vez que sambam em público: podem tornar-se símbolos da nação, mas isto pode gerar dúvidas sobre a sua reputação moral. As mulheres nesta posição social tentam manter um mínimo de respeito social através da manipulação dos olhares brasileiros e estrangeiros que as reificam. Em busca de legitimidade e orgulho racial, elas procuram definir suas habilidades artísticas comoculturalmente “autênticas.” Por fim, o samba é um palco onde as necessidades econômicas, os desejos encarnados e as identidades étnicas da mulher brasileira se embatem e conspiram com os sonhos neo-coloniais de turistas e cosmopolitas.