Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Eventos cardiovasculares major após intervenção coronária percutânea com balão eluidor de fármaco: Resultados a um ano de um registo prospetivo multicêntrico

2013; Elsevier BV; Volume: 32; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1016/j.repc.2012.09.006

ISSN

2174-2030

Autores

Rita Calé, Pedro Jerónimo Sousa, Ernesto Pereira, Pedro de Araújo Gonçalves, Rui Vitorino, Hugo Vinhas, Luís Raposo, Cristina Martins, Henrique Mesquita Gabriel, Rui Campante Teles, Manuel Almeida, Hélder Pereira, Miguel Mendes,

Tópico(s)

Cardiac Imaging and Diagnostics

Resumo

A intervenção coronária percutânea (ICP) com balão eluidor de fármaco (DEB) tem vindo a ser utilizada no tratamento da reestenose intra-stent (RIS) e na doença coronária de pequenos vasos. O objetivo foi avaliar a eficácia clínica desta estratégia num registo multicêntrico. Registo prospetivo de 2 centros com 156 doentes (dts) consecutivos incluídos, entre 2009 e 2010, submetidos a ICP com pelo menos um balão DEB. Definiu-se como endpoint primário a ocorrência combinada (MACE) de todas as causas de morte, EAM e revascularização da lesão alvo (TLR) a um ano de seguimento. Determinou-se os preditores independentes de prognóstico através da análise de regressão de Cox. Foram tratadas 184 lesões com 206 DEB. O sucesso do procedimento foi obtido em 98% (150 dts). A um ano de seguimento, a sobrevida livre de endpoint composto ocorreu em 134 dts e foi de 86% (morte em 6%, EAM em 6% e TLR em 5%). Os preditores independentes de MACE foram a ICP na artéria descendente anterior (HR 2,81, 95% IC 1,21-6,51, p = 0,02) e história prévia de EAM (HR 3,46, 95% IC 1,35-8,84, p = 0,01). O diâmetro ou comprimento do DEB e a RIS não foram preditores de eventos. A ICP com DEB em dts do mundo real e neste cenário complexo de lesões é eficaz com baixa taxa de MACE a um ano de seguimento, incluindo TLR. Os resultados são igualmente bons se a intervenção é no contexto de RIS ou na doença coronária de novo. Percutaneous coronary intervention (PCI) with paclitaxel drug-eluting balloons (DEBs) is used mainly for treatment of in-stent restenosis (ISR) and small vessel disease. Our objective was to evaluate the clinical efficacy of this strategy in a multicenter registry. Between 2009 and 2010 a prospective registry from two centers enrolled 156 consecutive patients undergoing PCI with at least one DEB. A primary composite endpoint of major adverse cardiac events (MACE) (all-cause death, myocardial infarction [MI] and target lesion revascularization [TLR]) was assessed at one-year follow-up. Stepwise Cox regression was used to determine independent predictors of outcome. DEBs (n=206) were used to treat 184 lesions. Procedural success was obtained in 98% of patients (n=150). At one-year follow-up, 86% (n=134) were free of the primary endpoint (6% death, 6% non-procedure related MI and 5% TLR). The independent predictors of MACE at one year were index PCI in the left anterior descending artery (HR 2.81, 95% CI 1.21-6.51; p=0.02) and a history of MI (HR 3.46, 95% CI 1.35-8.84; p=0.01). ISR and DEB diameter or length were not predictors of events. PCI with DEBs in real-world patients with complex lesions is effective, with a low rate of MACE, including TLR, at one-year follow-up. The results are equally good whether the intervention is for ISR or for native coronary disease.

Referência(s)