Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estresse: diagnóstico dos policiais militares em uma cidade brasileira

2007; Pan American Health Organization; Volume: 21; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s1020-49892007000300004

ISSN

1680-5348

Autores

Marcos Costa, Horácio Accioly Júnior, José Oliveira, Eulália Maria Chaves Maia,

Tópico(s)

Workplace Health and Well-being

Resumo

OBJETIVOS: Diagnosticar a ocorrência e a fase de estresse em policiais militares da Cidade de Natal, Brasil, além de determinar a prevalência de sintomatologia física e mental. MÉTODO: Estudo descritivo, com corte transversal. Foi investigada uma amostra de 264 indivíduos extraída de uma população de 3 193 militares do Comando de Policiamento da Capital. Os dados foram coletados entre junho de 2004 e janeiro de 2005 utilizando-se o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp. Foi determinada a presença de estresse, a fase de estresse (alerta, resistência, quase-exaustão, exaustão), a prevalência de sintomas físicos e mentais e a relação entre estresse e unidade policial, posto policial, sexo, hábito de beber, fumo, escolaridade, estado civil, idade, tempo de serviço e faixa salarial. RESULTADOS: A proporção de policiais sem sintomas de estresse foi de 52,6%, enquanto que 47,4% apresentaram sintomatologia. Dos 47,4% com estresse, 3,4% encontravam-se na fase de alerta, 39,8% na fase de resistência, 3,8% na fase de quase-exaustão e 0,4% na fase de exaustão. Sintomas psicológicos foram registrados em 76,0% dos policiais com estresse, e sintomas físicos, em 24,0%. Das variáveis investigadas, a única que apresentou relação com estresse foi o sexo (P = 0,0337), sendo as mulheres as mais afetadas. CONCLUSÃO: Os níveis de estresse e de sintomas não indicaram um quadro de fadiga crítico. É recomendável uma ação preventiva por parte da organização policial, que poderia incluir a aplicação de um programa de diagnóstico, orientação e controle do estresse.

Referência(s)