
Variações na demanda de energia metabólica de juvenis deHaemulon steindachneri (Perciformes, Haemulidae) em função da temperatura
2001; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 49; Issue: 1-2 Linguagem: Português
10.1590/s1679-87592001000100008
ISSN1982-436X
AutoresArthur José da Silva Rocha, Vicente Gomes, Phan Van Ngan, Maria José de Arruda Campos Rocha Passos,
Tópico(s)Physiological and biochemical adaptations
ResumoBioenergetic aspects of juvenile Haemulon steindachneri collected at Ubatuba (23°30'S), SP, Brazil, were evaluated as function of body weight and temperature (15°C, 20°C e 26°C) through the oxygen consumption and ammonia excretion analyses.Q 10 values and elevations a of the regression of oxygen consumption on wet weight at 15°C and 20°C were not significantly different.On the other hand, Q 10 and elevations a were significantly different between 20°C and 26°C.It is suggested that 15-20°C is a temperature range of thermal metabolic independence for H. steindachneri, and this might be related to physiological adaptation to the environmental constraints.Daily energetic costs of routine metabolism were calculated from oxygen consumption data and other parameters of the bioenergetic equation were estimated following a model proposed in the literature.For a fish of 20g and 70g body weight (the minimum and maximum common weights at the 3 tested temperatures), it was estimated that their daily energetic demand at 15°C were 868.83 cal/day and 3168.65 cal/day; at 20°C are 893.22 cal/day and 2654.04 cal/day and at 26°C were 1390.30cal/day and 5046.61cal/day.Results contribute to the understanding of the ecological role of the species and its adaptation to the environment.• Resumo: Avaliaram-se aspectos da bioenergética de H. steindachneri, em função do peso e da temperatura (15°C, 20°C e 26°C), através do consumo de oxigênio e da excreção de amônia de exemplares jovens coletados na região costeira de Ubatuba (23°30'S), SP, Brasil.Os valores de Q 10 e das elevações a das regressões entre o consumo de oxigênio e o peso úmido não revelaram diferenças significativas entre os dados obtidos nas temperaturas de 15°C e 20°C.Por outro lado, os valores de Q 10 e das elevações a entre 20°C e 26°C foram significativamente diferentes.A excreção de amônia aumentou significativamente entre as três temperaturas testadas, conforme demonstram as análises do Q 10 e das elevações a. Sugere-se que o intervalo de temperatura de 15°C a 20°C seja uma faixa de independência térmica do metabolismo de H. steindachneri, o que, provavelmente, está relacionado a adaptação fisiológica às condições ambientais.A partir dos dados de consumo de oxigênio, calcularam-se os gastos energéticos diários com o metabolismo de rotina e estimaram-se, também, os demais parâmetros da equação bioenergética segundo modelo proposto na literatura.Para peixes de 20 g e 70 g de peso (mínimo e máximo comuns às 3 temperaturas testadas) estimouse que as necessidades energéticas diárias a 15°C foram 868,83 cal/dia e 3168,65 cal/dia; a 20°C 893,22 cal/dia e 2654,04 cal/dia e a 26°C foram 1390,30 cal/dia e 5046,61 cal/dia.Os resultados obtidos contribuem para o conhecimento do papel ecológico da espécie e de seus mecanismos de adaptação aos fatores ambientais.
Referência(s)