Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Produção de proteína microbiana e estimativas das excreções de derivados de purinas e de uréia em vacas lactantes alimentadas com rações isoprotéicas contendo diferentes níveis de compostos nitrogenados não-protéicos

2001; Sociedade Brasileira de Zootecnia; Volume: 30; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1516-35982001000600032

ISSN

1806-9290

Autores

Antônia Santos Oliveira, Rilene Ferreira Diniz Valadares, Sebastião de Campos Valadares Filho, Paulo Roberto Cecon, Luciana Navajás Rennó, Augusto César de Queiróz, M. L. Chizzotti,

Tópico(s)

Infant Nutrition and Health

Resumo

Foram objetivos do presente trabalho estimar a produção de proteína microbiana, utilizando-se a excreção total de derivados de purina (DP); comparar as excreções de DP e uréia obtidas a partir de coletas spot de urina com aquelas observadas em coletas de 24 horas; e avaliar as concentrações de N-uréia no plasma e no leite e as excreções de uréia. Utilizaram-se 16 vacas holandesas em quatro quadrados latinos balanceados 4 x 4, distribuídos de acordo com o período de lactação. Cada período experimental teve duração de 21 dias, sendo sete dias de adaptação e 14 dias para as coletas de amostras. As quatro rações experimentais, isoprotéicas, foram formuladas para conter na base da MS 60% de silagem de milho e 40% de concentrado. Foram utilizados níveis crescentes de uréia no concentrado: 0; 0,7; 1,4; e 2,1%, correspondentes aos níveis de proteína bruta na forma de compostos nitrogenados não-protéicos (NNP) das rações de 2,22; 4,18; 5,96; e 8,09%, respectivamente. O volume urinário foi estimado utilizando amostras de urina obtidas quatro horas após a alimentação (spot), dividindo-se a excreção diária média de creatinina pela concentração de creatinina na urina spot. O volume urinário e as excreções de DP e de uréia, estimados por meio da urina spot, não diferiram daqueles obtidos pela coleta de urina por 24 horas. As produções de N-microbiano estimadas e obtidas apresentaram valores máximos de 198,05 e 196,96 g/dia, nos níveis de compostos nitrogenados não-protéicos de 5,33 e 4,44%, respectivamente. A concentração de alantoína no leite decresceu linearmente com o aumento dos níveis de NNP na dieta e representou 4,5% da excreção total de DP. A excreção de creatinina não foi afetada pelos níveis de NNP na dieta (23,41 mg/kg PV), enquanto as excreções estimada e obtida de uréia, as concentrações de uréia e N-uréia no plasma e no leite aumentaram linearmente com os níveis de NNP na ração. Concentrações plasmáticas e no leite de N-uréia de 19 a 20 mg% e 24 a 25 mg%, respectivamente, representariam valores limites a partir dos quais ocorreriam perdas de compostos nitrogenados.

Referência(s)