
Formação médica, racionalidade e experiência
2001; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 6; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s1413-81232001000100007
ISSN1678-4561
Autores Tópico(s)Health, Nursing, Elderly Care
ResumoEste trabalho decorre de experiência pedagógica e de investigação sobre o aprendizado da clínica por estudantes de medicina. Constitui-se de uma experiência intersubjetiva, que vai além da racionalidade anátomo-clínica e epidemiológica, a partir do processo de socialização destes estudantes, quando seus ideais do que seja ser médico confrontam-se com os valores instituídos de uma prática normalizada. Trabalha com a concepção de sujeito a partir da psicanálise, valoriza a escuta de conflitos experimentados por aprendizes da clínica ao vivenciarem a tensão doente/doença, busca sustentar esta tensão e manter a argumentação possível no contexto de uma experiência pedagógica. Tenta também preservar a complexidade da clínica. Realiza uma análise de discurso fundada no princípio dialógico de Bakhtin. Trabalha com a teoria da argumentação de Perelman. Chega a interpretações que, sem pretenderem ser únicas ou exclusivas, enriquecem a crítica e podem influenciar a formação dos médicos em uma prática extremamente complexa e difícil, não redutível à aplicação de um saber exclusivamente sobre a doença.
Referência(s)