
Distribuição social da AIDS no Brasil, segundo participação no mercado de trabalho, ocupação e status sócio-econômico dos casos de 1987 a 1998
2003; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 19; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/s0102-311x2003000500013
ISSN1678-4464
AutoresMaria Goretti P. Fonseca, Cláudia Travassos, Francisco Inácio Bastos, Nelson do Valle Silva, Célia Landmann Szwarcwald,
Tópico(s)HIV/AIDS Impact and Responses
ResumoEstudou-se a evolução temporal da epidemia de AIDS no Brasil, tendo a ocupação como variável identificadora da condição sócio-econômica dos casos. Todos os casos de AIDS de 20 a 49 anos de idade, diagnosticados entre 1987-1998, foram incluídos. Analisou-se a evolução temporal das taxas de incidência de AIDS, por sexo, categoria ocupacional e quintos da Escala de Status Sócio-econômico (ESO), além da proporção de casos segundo os quintos da ESO por categoria de exposição. Entre os homens, as taxas de incidência aumentaram, no 1: período, em praticamente todas as categorias ocupacionais, e reduziram entre aquelas classificadas como "não manuais", no 2: período. Entre as mulheres, observou-se incremento anual em quase todas as categorias ocupacionais, de 1987 a 1998. Os maiores aumentos relativos foram observados nos quintos da ESO de menor status sócio-econômico, para ambos os sexos. A categoria de exposição "UDI" foi a que apresentou o pior status sócio-econômico, em ambos os sexos, e a categoria "homo/bissexual" o status mais elevado, entre os homens. A análise evidenciou a progressiva mudança no gradiente social da epidemia de AIDS, com maior velocidade de disseminação nas populações de menor status sócio-econômico.
Referência(s)