Oui, mais il faut parier: fidelidade e dúvida no Memorial de Aires
2008; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 22; Issue: 64 Linguagem: Português
10.1590/s0103-40142008000300018
ISSN1806-9592
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO artigo investiga o papel desempenhado pelo Fidelio de Beethoven no Memorial de Aires de Machado de Assis. Nesse romance extraordinário, o conselheiro Aires evita condenar uma mulher que, entretanto, o seu enganoso diário terminará pondo sob suspeita. Na ópera, Leonora nada esconde, porque abaixo de sua máscara não há nada senão sua lealdade ao marido aprisionado. Machado de Assis, contudo, inicia sua trama num cemitério, onde o marido agora é morto. A importante questão que daí resta é: o que fazer se a fidelidade se refere a um objeto que, seja ele o amado, seja o referente literário, não existe mais?
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