Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Hidrocefalia derivada na infância: um estudo clínico-epidemiológico de 243 observações consecutivas

2005; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 63; Issue: 2b Linguagem: Português

10.1590/s0004-282x2005000300024

ISSN

1678-4227

Autores

Susana Ely Kliemann, Sérgio Rosemberg,

Tópico(s)

Spinal Dysraphism and Malformations

Resumo

Os objetivos deste estudo foram analisar as características epidemiológicas e clínicas de 243 crianças com hidrocefalia derivada, acompanhadas durante 1 a 27 anos, assim como identificar os fatores relacionados aos distúrbios psicomotores, epilepsia e ao óbito. A meningite pós-derivação e os distúrbios mecânicos do sistema foram as complicações mais freqüentes (22,3% e 30,7%, respectivamente). A média de derivação por paciente foi 1,47. Distúrbios motores graves ocorreram em 34,3%, déficit cognitivo em 58,5% e epilepsia em 43,6% dos pacientes. Os distúrbios motores correlacionaram-se positivamente com o grau da hidrocefalia. Houve maior incidência de déficit cognitivo e epilepsia nos casos de hidrocefalia pós-meningite. O óbito ocorreu em 52 pacientes e estes apresentaram um percentual maior de neoplasia do sistema nervoso central e de distúrbios motores na última avaliação, assim como de retirada da primeira derivação por meningite precoce, ocorrida até 2 meses após a derivação.

Referência(s)