
Projeto de Turismo de Base Comunitária Tartaruga Imbricata, Brasil / Guiana Francesa
2012; Couffy-sur-Sarsonne; Volume: 14; Linguagem: Português
10.4000/confins.7491
ISSN1958-9212
AutoresNádia Bandeira Sacenco Kornijezuk,
Tópico(s)Indigenous Health and Education
ResumoEm novembro de 2009, participei, durante nove dias, de uma experimentação de turismo chamada Projeto de Turismo de Base Comunitária Tartaruga Imbricata, numa rota de integração do Parque Nacional do Cabo Orange, no Brasil, com a Guiana Francesa. Essa viagem foi o primeiro trabalho de campo para a minha tese em Geografia e Gestão Ambiental (em andamento). Essa edição da experimentação visava propiciar a um grupo de gestores franceses, participantes de um seminário de cunho terapêutico chamado “Descobrir-se em terras desconhecidas”, a oportunidade de viver alguns dias em condições materiais rudimentares em uma natureza inóspita, convivendo com comunidades locais. A experiência incluiu: travessias em catraias, trechos em botes infláveis, viagens de camionete em rodovias perigosas, e o melhor: longos trechos de rio a bordo do barco Peixe – Boi, que se tornaria nosso hotel, meio de transporte, refeitório e palco de intensas sessões do seminário Se découvrir en terres inconnues. De forma geral a experimentação mostrou resultado positivo. Concluí que o turismo de base comunitária, da forma como foi realizado no Parque Nacional do Cabo Orange, teve dois efeitos principais: a experiência singular de conviver com comunidades ribeirinhas e o aprofundamento das relações entre o parque nacional e o seu entorno. Ao final, anexei trechos de entrevistas realizadas com moradores de comunidades ribeirinhas vizinhas do parque nacional e também de um documento raro encontrado nesta viagem: um levantamento sócio-cultural de uma das comunidades, realizado por professores de História e alunos da escola da Vila Velha do Cassiporé.
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