Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre estado, privatização e descentralização
2001; Centro de Estudos Educação e Sociedade; Volume: 22; Issue: 74 Linguagem: Português
10.1590/s0101-73302001000100010
ISSN1678-4626
Autores Tópico(s)Historical Education and Society
ResumoNo Brasil, mais que em outros países do Sul, a escola constitui um produto social desigualmente distribuído. Seu acesso é modulado não apenas por múltiplos padrões distintivos (categoria socioeconômica, sexo, etnicidade, local de residência…), como também pelo tipo de rede escolar freqüentado (pública, particular). Este artigo analisa a constituição histórica e progressiva de uma escolarização em várias velocidades. O discurso político republicano, que insiste sobre a função homogeneizadora e igualitária da escola que socializa em comum e fabrica cidadãos iguais, foi se esvaziando progressivamente de sua substância. A heterogeneidade provocada pela atual fragmentação do sistema escolar brasileiro em várias redes reproduz, acentuando-as, as desigualdades sociais e compromete de modo durável o desenvolvimento econômico e social desse país.
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