Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Avaliação do ácido láctico intramuscular através da espectroscopia Raman: novas perspectivas em medicina do esporte

2003; Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte; Volume: 9; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s1517-86922003000600004

ISSN

1806-9940

Autores

Fabiano de Barros Souza, Marcos Tadeu Tavares Pacheco, Antônio B. VilaVerde, Landulfo Silveira, Rodrigo Labat Marcos, Rodrigo Álvaro Brandão Lopes-Martins,

Tópico(s)

Bee Products Chemical Analysis

Resumo

O uso da espectroscopia Raman no infravermelho pode vir a constituir uma nova técnica para avaliação física, permitindo medidas da concentração de ácido láctico em sangue e em músculo esquelético, por um método não invasivo. A espectroscopia Raman é uma técnica que oferece grande riqueza de detalhes provida pela vibração de moléculas em diferentes níveis de energia. Em estudos prévios, foram obtidos espectros Raman de ácido láctico em plasma humano e em sangue de rato, onde os picos característicos foram observados claramente na matriz biológica. No presente estudo a espectroscopia Raman foi usada para a identificação de ácido láctico em músculo tibial de rato. Foi usado um laser de Ti:safira sintonizado em 830nm, um espectrômetro Kaiser f/l.8 e um detector de CCD refrigerado. O espectro Raman do ácido láctico apresenta oito picos bem distintos, entre 700 e 1.500cm-1, correspondendo aos diferentes modos de vibração da molécula do ácido láctico. O pico principal em 830cm-1 foi usado para caracterizar a presença do ácido láctico no músculo tibial de rato. Foram analisados espectros Raman de músculos tibiais in vivo e in vitro. Além disso, também foi monitorada a difusão do ácido láctico através do músculo, in vitro. Pode-se concluir, a partir dos resultados obtidos, que a espectroscopia Raman no infravermelho próximo apresenta grande potencial para, no futuro, com o aperfeiçoamento da técnica, ser utilizada em avaliações físicas com o intuito de permitir medições das concentrações de ácido láctico no músculo esquelético, através de metodologia não invasiva.

Referência(s)