Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Endocardite infecciosa valvar submetida a tratamento cirúrgico: análise de 64 casos

2005; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-76382005000100016

ISSN

1678-9741

Autores

Demóstenes Gonçalves Lima Ribeiro, Ricardo Pereira Silva, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, Pedro José Negreiros de Andrade, Marcos Vinícius V. Ribeiro, Rosa Maria Salani Mota, João Martins de Sousa Torres,

Tópico(s)

Antimicrobial Resistance in Staphylococcus

Resumo

OBJETIVO: Identificar aspectos clínico-laboratoriais da endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, no Hospital de Messejana, Fortaleza, CE, no período de 1988 a 2003. MÉTODO: Estudo observacional, retrospectivo, da fase hospitalar, de 64 pacientes portadores de endocardite infecciosa, submetidos à substituição valvar aórtica e/ou mitral, vegectomia e plastia da tricúspide e excisão da valva pulmonar, como parte do tratamento. Analisados o sexo, a idade, o tempo decorrido entre a internação e a cirurgia e entre a internação e a alta hospitalar, a valva acometida, o resultado da hemocultura, o procedimento cirúrgico efetuado e a mortalidade. RESULTADOS: A endocardite infecciosa valvar, tratada com cirurgia, preponderou na terceira década, 81,2% dos pacientes eram masculinos. O tempo decorrido entre a internamento e a cirurgia foi menor nos pacientes que faleceram. A valva aórtica, de modo isolado ou associado, foi acometida em 65% dos casos. Hemoculturas foram positivas em 42%; em 52,4% delas, isolou-se Estafilolococo aureus. Necessitaram de substituição valvar 93,7% dos pacientes. Houve mortalidade de 14,1%, não influenciada pela idade nem pelo resultado da hemocultura. CONCLUSÃO: Endocardite infecciosa valvar, submetida ao tratamento cirúrgico, foi mais freqüente em homens e na terceira década. Acometeu preferencialmente a valva aórtica. Estafilolococo aureus foi o patógeno mais comum. Na quase totalidade dos casos, procedeu-se substituição valvar e a mortalidade hospitalar foi de 14,1%.

Referência(s)