
Estoque e qualidade da matéria orgânica de um solo cultivado com cana-de-açúcar por longo tempo
2007; Sociedade Brasileira de Ciência do Solo; Volume: 31; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0100-06832007000200015
ISSN1806-9657
AutoresLuciano P. Canellas, Marihus Altoé Baldotto, Jader Galba Busato, Cláudio Roberto Marciano, Sonia C. Menezes, Naira Machado da Silva, Víctor Marcos Rumjanek, Ary Carlos Xavier Velloso, Marcelo Luiz Simões, Ladislau Martin‐Neto,
Tópico(s)Clay minerals and soil interactions
ResumoO objetivo deste trabalho foi avaliar o estoque e a qualidade da matéria orgânica (MOS) por meio de análises de ressonância magnética nuclear (RMN) de 13C no estado sólido de amostras intactas de solo e de ressonância paramagnética eletrônica (RPE) e fluorescência dos ácidos húmicos (AH) isolados de um Cambissolo cultivado com cana-de-açúcar por longo tempo. Numa situação, a cana-de-açúcar foi cultivada por 55 anos sem a queima por ocasião da colheita. A outra situação envolveu uma área cultivada com queima da palhada, na qual em uma parte foi realizada a adição de vinhaça (120 m³ ano-1) durante 35 anos e a outra não recebeu esse tratamento. O aumento no estoque de AH em 157 e 57 % nas camadas de 0-0,20 e 0,20-0,40 m, respectivamente, na área cultivada durante 55 anos com preservação do palhiço, correspondeu ao aumento observado no grau de aromaticidade e diminuição da acidez da MOS, obtido por RMN 13C. Nas áreas com manejos que envolviam a preservação da MOS foram obtidos AH com maior concentração de radicais livres do tipo semiquinona, determinada por RPE, e maior intensidade de emissão de fluorescência. Mudanças significativas no processo de humificação da MOS e, portanto, na sua qualidade foram decorrentes da preservação do palhiço por ocasião da colheita. Por sua vez, a adição de vinhaça durante 35 anos ao canavial no qual foi realizada a queima do palhiço não alterou significativamente a qualidade da MOS, sugerindo rápida evolução do material orgânico solúvel adicionado ao solo.
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