
Grau de percepção e incômodo quanto à condição facial em indivíduos com paralisia facial periférica na fase de seqüelas
2008; Brazilian Society of Speech Therapy; Volume: 13; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1516-80342008000200004
ISSN1982-0232
AutoresKátia Cristina Silva de Freitas, Maria Valéria Goffi Gómez,
Tópico(s)Ear Surgery and Otitis Media
ResumoOBJETIVO: Correlacionar a auto-avaliação da condição facial do paciente, o grau de incômodo quanto às seqüelas e de prejuízo em atitudes diárias com os dados encontrados na avaliação fonoaudiológica. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 29 indivíduos, de ambos os sexos, média de idade de 46 anos, com média de 5,9 sessões de fonoterapia. Realizou-se avaliação fonoaudiológica da simetria e da movimentação da face e verificou-se a presença de sincinesias e contraturas por meio de instrumento publicado e padronizado. Além disso, realizou-se uma entrevista por meio de perguntas fechadas que permitiram a graduação da opinião do paciente quanto à sua própria face e influência desse problema em suas atividades sociais e profissionais. RESULTADOS: Encontrou-se concordância quanto à auto-avaliação do paciente e a avaliação fonoaudiológica (p=0,0029), porém essa correlação não esteve presente em pacientes com menos de três sessões de fonoterapia. Não houve correlação significante entre o grau de sincinesia/contratura e o grau de incômodo referido pelo paciente, assim como o prejuízo em atividades sociais e profissionais não foi associado ao grau de paralisia, sincinesia, ou contratura. No entanto, houve correlação fraca com tendência à significação (r=-0,3250/p=0,085) quando comparou-se a auto-avaliação do paciente com o grau de prejuízo referido. CONCLUSÕES: A autopercepção da condição facial nem sempre é concordante entre o profissional e o paciente, sendo que essa concordância aumenta em pacientes com maior tempo de terapia. Por outro lado, o impacto da condição facial na vida do paciente parece não depender do grau das seqüelas.
Referência(s)