Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Doença respiratória em menores de 5 anos no sul do Brasil: influência do ambiente doméstico

2003; Pan American Health Organization; Volume: 13; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1020-49892003000400005

ISSN

1680-5348

Autores

Sílvio O. M. Prietsch, Gilberto Bueno Fischer, Juraci Almeida César, Berenice S. Lempek, Luciano V. Barbosa, Luciano Zogbi, Olga C. Cardoso, Adriana M. Santos,

Tópico(s)

Pediatric health and respiratory diseases

Resumo

OBJETIVO: Estabelecer a prevalência de doenças agudas do trato respiratório inferior e os fatores de risco relacionados às condições de moradia em crianças de 0 a 59 meses na Cidade do Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base populacional com 775 crianças. Foram aplicados questionários padronizados às mães ou responsáveis pelas crianças, em seus domicílios, e coletadas informações sobre condições de habitação, nível socioeconômico e tabagismo. Também foram investigados: o estado nutricional, a duração da amamentação, o atendimento pré-natal e a utilização dos serviços de saúde. As variáveis ambientais foram analisadas individualmente e em conjunto, em um escore ambiental que englobou 10 variáveis - tipo de construção, tipo de piso, aquecimento doméstico, tipo de fogão, cão no quarto da criança, cão dentro de casa, gato no quarto da criança, gato dentro de casa, aglomeração e fumo materno - variando de 0 (melhor) a 10 (pior). A análise incluiu duas etapas: bivariada, com o cálculo da razão de prevalências de cada um dos fatores de risco, e multivariada, através de regressão logística. RESULTADOS: A prevalência geral de doença respiratória aguda baixa foi de 23,9%. Os principais fatores de risco identificados foram: escore ambiental > 3 pontos, menos de 5 anos de escolaridade materna, renda familiar mensal menor do que US$ 200,00, quatro ou mais pessoas dividindo o quarto da criança e tabagismo materno. A idade materna > 30 anos foi identificada como fator de proteção. CONCLUSÕES: É preciso implementar programas específicos de controle para as doenças respiratórias agudas na população estudada. O escore ambiental desenvolvido pode substituir as variáveis ambientais testadas, devendo ser aplicado em outros contextos para determinar a sua validade externa.

Referência(s)