Paradigmas sociológicos e categoria de gênero. Que renovação aporta a epistemologia do trabalho?
2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ; Volume: 11; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5801/ncn.v11i1.262
ISSN2179-7536
AutoresHelana Hirata, Danièle Kergoat,
Tópico(s)Education, sociology, and vocational training
ResumoA dimensão sexuada nas análises do trabalho está posta há cerca de trinta anos pela sociologia do trabalho francesa. Este artigo faz um balanço dessa integração conceitual e de aportes epistemológicas. Cabe inicialmente apresentar o estado da arte das rupturas conceituais e de sua periodização. Com efeito, as problemáticas que levam em conta as categorias de sexo tem uma história, que abriu a possibilidade de rupturas teóricas e epistemológicas maiores, notadamente com uma tradição da sociologia do trabalho francesa centrada sobre a figura arquétipica, universal, do operário da grande empresa industrial. O desafio teórico foi o de integrar as categorias de gênero no campo do trabalho retraduzindo métodos, enfoques, instituições constitutivas desta disciplina e instrumentos de trabalho. Procuramos demonstrar, a partir de uma revisão da produção científica das últimas décadas, os aportes trazidos pelas pesquisas que introduziram a perspectiva de gênero na análise dos objetos tradicionais da sociologia do trabalho. Pontuaremos algumas diferenças de caráter nacional, – notadamente européias – entre as maneiras que têm as sociologias do trabalho de integrar a relação social de sexo.
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