Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Práticas educativas para a prevenção do HIV/AIDS: aspectos conceituais

1994; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x1994000200004

ISSN

1678-4464

Autores

João Claudio Lara Fernandes,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

A importância e complexidade do trabalho educativo voltado para prevenção do HIV demandam o constante aprofundamento de seus conteúdos. Do ponto de vista ideológico, é preciso levar em conta que, com a epidemia, a medicina alcança um terreno até então relativamente preservado do seu projeto hegemônico: a vida sexual das pessoas. Uma postura normatizadora coercitiva em relação a este campo pode levar a uma reação prejudicial à adoção de comportamentos mais seguros. Para evitar este tipo de prática, deve-se considerar a importância da participação e auto-responsabilização dos indivíduos na prevenção da infecção. O estado deve também assumir sua própria responsabilidade em garantir os meios de facilitação necessários à mudança de comportamentos. A partir destas premissas, o autor propõe três aspectos a serem avaliados no planejamento dos trabalhos educativos destinados à prevenção da AIDS: a informação a ser divulgada, e seus efeitos sobre os conhecimentos, percepções e atitudes da população frente ao HIV; a facilitação da resposta e a abertura de espaços para reflexão individual e coletiva.

Referência(s)