Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Drenagem endoscópica transmural de pseudocisto pancreático: resultados a longo prazo

2007; Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE); Volume: 44; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0004-28032007000100007

ISSN

1678-4219

Autores

Rone Antônio Alves de Abreu, Joaquim Alves Carvalho, Filinto Aníbal Alagia Vaz, Luiz Hirotoshi Ota, Mânlio Basílio Speranzini,

Tópico(s)

Pediatric Hepatobiliary Diseases and Treatments

Resumo

RACIONAL: Os pseudocistos pancreáticos são complicações relativamente comuns em pacientes adultos com pancreatite. OBJETIVO: Avaliar os resultados a longo prazo da drenagem endoscópica transmural, estabelecendo seu papel no manejo do pseudocisto pancreático. MÉTODOS: Foram estudados 14 pacientes com pseudocisto de pâncreas, cuja principal queixa à apresentação foi dor no andar superior do abdome e massa abdominal palpável, submetidos a cistogastrostomia (n = 12) e cistoduodenostomia (n = 2), acompanhados clinicamente e com tomografia computadorizada de abdome por até 51 meses. A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada era tentada em todos os casos para estudo do ducto pancreático e classificação dos cistos. RESULTADOS: A pancreatite crônica alcoólica agudizada foi responsável por 10 casos (71,5%) e a biliar por 4 (28,5%). As duas formas de drenagens (cistogastrostomia e cistoduodenostomia) endoscópicas foram efetivas. Não houve mudança na conduta terapêutica proposta; em dois pacientes a migração da órtese para o interior do pseudocisto, no momento da inserção, foi a principal complicação, sendo possível sua retirada no mesmo ato, com o uso da cesta de Dormia, sob o auxílio de fluoroscopia. Não houve mortalidade, nem recidiva até o momento. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 3 dias. CONCLUSÃO: A drenagem endoscópica transmural se apresentou como terapêutica eficaz, com baixo índice de complicações, mortalidade nula e pequeno tempo de internação hospitalar.

Referência(s)