
Efeitos da desnervação intrínseca do jejuno após enterectomia extensa na síndrome do intestino curto em ratos
2006; Sociedade Brasileira Para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia; Volume: 21; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0102-86502006000100010
ISSN1678-2674
AutoresCarlos Eduardo Verdiani de Carvalho, Filipe V. Basile, Marcelo Vinícius Oliveira Vespúcio, Antonio Carlos Garrido Iglesias, Nelson Fabrício Gava, Sérgio Britto Garcia,
Tópico(s)Child Nutrition and Feeding Issues
ResumoOBJETIVO: Investigar em ratos Wistar as respostas adaptativas da mucosa em conseqüência da desnervação intrínseca do jejuno após ressecção intestinal extensa. MÉTODOS: Utilizaram-se 30 ratos distribuídos em três grupos segundo o procedimento realizado: C (controle), R (ressecção intestinal) e D (ressecção intestinal e desnervação intrínseca do jejuno). Posteriormente foi avaliado o ganho de peso e realizado estudos morfométrico da mucosa intestinal. RESULTADOS: Os animais do grupo D apresentaram ganho ponderal consideravelmente maior do que os do grupo R (D=312,2±21g e R=196,7±36,2g). A contagem neuronal mostrou diminuição na população de neurônios mientéricos no grupo D (344,8±34,8 neurônios/mm de jejuno) em relação aos outros grupos (R=909,0±55,5 e C=898,5±73,3). A área do epitélio da mucosa jejunal foi maior no grupo D (10,8±4,3mm²) em comparação aos grupos R (7,3±3,9mm²) e C (5,8±3,0mm²). O índice de proliferação celular epitelial da mucosa foi maior no grupo D (48,7%), em relação aos grupos R (31,9%) e C (23,6%). CONCLUSÕES: O modelo experimental mostrou-se eficaz em melhorar o ganho ponderal dos animais submetidos à ressecção intestinal extensa, provocando intensificação da resposta hiperplásica da mucosa, a qual provavelmente levou a aumento da superfície de absorção de nutrientes. Abrem-se boas perspectivas para novas abordagens cirúrgicas para a síndrome do intestino curto.
Referência(s)