Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Tradição oral e usos da memória: o caso do Tribunal de Waitangi, Nova Zelândia

2007; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 14; Issue: 26 Linguagem: Português

10.22456/1983-201x.5387

ISSN

1983-201X

Autores

Verena Alberti,

Tópico(s)

Multilingual Education and Policy

Resumo

Em 1840 foi assinado, na Nova Zelândia, então colônia da Inglaterra, o Tratado de Waitangi, entre a Coroa britânica e mais de quinhentos chefes maori. Em seus três artigos, o documento, escrito em inglês e traduzido para o maori por missionários britânicos, determinava que os maori cederiam o governo da região à Grã-Bretanha, tendo garantido seu direito a terras, florestas e áreas pesqueiras. Na história da Nova Zelândia, contudo, o tratado acabou se constituindo em letra morta, e os maori foram perdendo suas terras, ficando confinados a regiões pouco férteis. Nos anos 1970, uma série de fatores levou a mobilizações dos maori, que culminaram na criação do Tribunal de Waitangi, em 1975, instância na qual podem ser denunciadas ações ou omissões da coroa, inclusive após a independência da Nova Zelândia, que tenham rompido as promessas do Tratado de 1840. No julgamento, as “provas orais”, ou seja, a tradição oral dos grupos que reivindicam um território ou o direito a uma atividade econômica, desempenham papel importante.

Referência(s)