Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por profissionais da Equipe Saúde da Família

2010; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 15; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s1413-81232010000200025

ISSN

1678-4561

Autores

Geisy Lanne Muniz Luna, Renata Carneiro Ferreira, Luiza Jane Eyre de Souza Vieira,

Tópico(s)

Workplace Violence and Bullying

Resumo

Diante da dimensão do problema da violência contra criança e adolescente para a saúde coletiva, este artigo analisa o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes por médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família em Fortaleza (CE), no exercício de sua práxis. Trata-se de um estudo de corte transversal com a participação de 359 profissionais, cadastrados nas Equipes de Saúde da Família (ESF). Utilizou-se um questionário, cujo dados coletados foram organizados, codificados, tabulados e submetidos à análise estatística descritiva e a cálculos das medidas de significância, através do teste qui-quadrado de Pearson (χ2) com respectivo valor de p < 0,05, no programa Statistical Package Social Sciences-SPSS. Observa-se que 52% dos profissionais não conhecem a ficha de notificação e 69% nunca participaram de treinamento na área. O tempo de formação é estatisticamente significante na notificação de casos (p=0,002), ou seja, quanto maior o tempo de formado, mais o profissional adota a prática da notificação no seu cotidiano. Conclui-se que a notificação de maus-tratos infanto-juvenis por profissionais da ESF ainda ocorre de maneira pontual e assistemática e o incremento de programas de formação continuada e a ampliação das redes de suporte profissional poderão reduzir o grau de insegurança e incrementar o número de notificações.

Referência(s)